terça-feira, 27 de agosto de 2013

CONCURSO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL

“Qual a importância da Previdência Social para o seu futuro?”

Em comemoração aos seus 90 anos de existência, o Ministério da Previdência Social promove um concurso de redação em nível de alunos do Ensino Médio de todo o Brasil. O tema proposto é “Qual a importância da Previdência Social para o seu futuro”. A ideia é permitir a expressão participativa dos alunos em um assunto que interessa a todos os cidadãos brasileiros: Previdência Social.

Inscrições até o dia 30 de setembro de 2013

É só baixar o arquivo “Formulário de Inscrição e Redação”, preencher os dados cadastrais, escrever sua redação, salvar em PDF e enviar para o e-mail
redacaoprevidencia@gmail.com

Premiação:
Os três primeiros colocados e os respectivos professores orientadores participarão de solenidade em Brasília com passagens e hospedagem. 

Premiação:

1º a 3º – Tablet + Certificado.

As redações que ficarem entre o 1º e o 10º lugar farão parte de uma coletânea de redações, que será publicada pela Assessoria de Comunicação Social da Previdência Social.




segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Viagem de Estudos das Turmas 3º e 4º Agropecuária



Realizou-se uma viagem de estudos com os alunos do 3º e 4º ano do curso técnico em Agropecuária do Instituto Federal Farroupilha - Campus Santo Augusto, para o Instituto Federal Farroupilha - Campus São Vicente do Sul. Esta viagem teve duração de 5 dias, com saída no dia 28/07/13 e retorno no dia 02/08/13.
Lá foram realizadas diversas aulas práticas referentes aos conteúdos no curso e as diversas matérias técnicas. Visitamos toda a área de produção de bovinos de leite, produção de aves de postura e corte, psicultura, suinocultura, ovinocultura, produção de ferragens, mecanização agrícola e produção e armazenamento de grãos. Essas atividades foram realizadas com a finalidade de aprimorar os conhecimentos práticos dos alunos para que estejamos prontos para atuar no mercado de trabalho, e também, para que possamos ter experiência não só na teoria, mas também na prática que é de fundamental importância. Aprendemos com mais facilidade o conteúdo se for aplicado na prática.








terça-feira, 13 de agosto de 2013

A propaganda de bebidas alcoólicas no Brasil

Escrito em 14 abril, 2013
Por Ilana Pinsky 
Psicóloga, pós-doutorada na Robert Wood Johnson Medical School (EUA) e integrante da Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas da Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP
A propaganda de bebidas alcoólicas no Brasil é regulada pela lei n. 9,294, de 1996. Segundo essa lei, que também regulamenta os cigarros, entre outros produtos, bebida alcoólica é somente aquela com mais de 13 GL, ou seja, exclui cervejas e vinhos. A principal restrição que apresenta é a redução do horário de propaganda na televisão e no rádio permitindo propagandas de álcool entre 21:00 e 6:00 horas. No entanto, as chamadas, propagandas de uns poucos segundos, são permitidas a qualquer horário. A partir de 2000, uma nova lei (n.10.167), foi sancionada que praticamente proibiu qualquer propaganda de cigarro (exceto dentro dos locais de venda). Apesar de essa proibição não atingir as bebidas alcoólicas, o clima político parece ter se alterado um pouco, tanto que em janeiro de 2002 havia mais de 50 projetos de lei propondo maiores restrições às propagandas de álcool.
No início de 2003, o governo pareceu mais consciente do que nunca sobre a importância de introduzir restrições mais profundas com a intenção de reduzir os problemas relacionados ao consumo de bebidas alcoólicas. No que diz respeito às propagandas de álcool, o ministro da saúde propôs a inclusão das cervejas na restrição de horário de veiculação.
A cerveja possui papel de destaque entre as bebidas alcoólicas consumidas no Brasil. Dos cerca de U$ 106,000,000 gastos em propaganda de álcool na mídia em 2001, 80% foi em cerveja. Da mesma maneira, o consumo de cerveja representa 85% das bebidas alcoólicas consumidas. Apesar de essa quantidade ser muito menor se levarmos em conta apenas o álcool puro das bebidas alcoólicas, a cerveja certamente é uma bebida alcoólica e tem um papel importante em muitos dos problemas relacionados ao álcool, principalmente no que diz respeito aos jovens.
Os números de problemas associados ao álcool no Brasil não deixam dúvida quanto ao potencial devastador deste, principalmente junto aos jovens. Em acidentes com motoristas alcoolizados, episódios de violência relacionado ao álcool, intoxicação alcoólica, etc., os jovens têm uma participação importante e início cada vez mais precoce. As propagandas e marketing das bebidas alcoólicas no Brasil são parte integrante da criação de um clima normatizador, associando-as exclusivamente a momentos gloriosos, à sexualidade e a ser brasileiro, esquecendo-se dos problemas associados.
Restringir a propaganda de álcool é uma estratégia importante? Estudos recentes e utilizando metodologia avançada têm conseguido mostrar associações importantes entre a propaganda de bebidas alcoólicas e o consumo de álcool entre os jovens. Uma das pesquisas mais interessantes comprovou o impacto que apreciar propagandas de cerveja aos 18 anos tinha sobre o consumo de álcool e o comportamento agressivo relacionado ao uso de álcool aos 21 anos. Outro estudo dirigindo-se à faixa etária dos 10-17 anos encontrou que gostar da propaganda e assistir a propagandas com maior freqüência associou-se com a expectativa de beber mais no futuro. Além disso, muitos dos jovens entrevistados sentiram que as propagandas de álcool os encorajavam a beber, especialmente os meninos de 10-13 anos, que aceitavam as propagandas como realísticas.
No entanto, qualquer pessoa que já tenha assistido a alguma propaganda de álcool na televisão brasileira, verifica a agressiva utilização da sexualidade nas propagandas, especialmente no caso da cerveja. Também é fácil verificar que os (muito) jovens são certamente alvos das propagandas, com temas evidentemente voltados a eles (ex: desenhos animados, festas rave, etc.). Além disso, as indústrias têm desenvolvido produtos voltados a essa faixa etária (os produtos “ice”, destilados misturados com refrigerantes ou sucos), e oferecido patrocínio a festas exclusivamente desse público-alvo (ex.: Skol Bits). Mas tão importante como as estratégias descritas acima, é a utilização do Brasil e de símbolos nacionais para a venda de álcool. Um exemplo bem recente e evidente dessa técnica ocorreu durante [a realização] Copa Mundial de Futebol, com a criação de uma tartaruga de desenho animado associada a uma marca de cerveja que foi denominada a “torcedora símbolo da seleção brasileira”. Algumas marcas de cachaça também têm se utilizado de características fortemente brasileiras, como o samba, para vender seus produtos.
Esse tipo de associação das bebidas alcoólicas com o que temos de mais característico no nosso país normatiza o álcool. Em especial, esse é mais um exemplo de como a propaganda do álcool mostra apenas uma face do uso do álcool, esquecendo ou associando à uma minoria de “pessoas problemáticas” sua importante contribuição para a morbidade, mortalidade e prejuízos sociais, inclusive no que se refere a criar um ambiente hostil e ridicularizador às mensagens e medidas de saúde pública.
Por que essa situação é importante? Um fator é a virtual inexistência de contrapartida da indústria do álcool no Brasil, no que se refere ao desenvolvimento de atividades sérias, coerentes e efetivas de prevenção ao abuso do álcool. Com exceção de uma atividade de pequenas proporções desenvolvida por uma das maiores indústrias de álcool no Brasil, a indústria como um todo não dá sinais de reconhecer sua responsabilidade social, nem para fins de relações públicas. Ou seja, a indústria das bebidas alcoólicas não assume e não se responsabiliza por qualquer tipo de problema relacionado ao álcool.
A indústria do álcool e da propaganda no Brasil não estão, nem de longe, desempenhando um papel responsável nessa situação. Medidas claras devem ser tomadas para lidar com esse importante problema de saúde pública.

Saúde

29/08/2012 - 11:03

Álcool

Projeto de lei prevê inclusão de imagens de advertência em rótulo de bebidas alcoólicas

Proposta quer que fotos acompanhem as mensagens que indicam os perigos do consumo excessivo de álcool


Bebida alcoólica: Deputado quer que imagens que indiquem perigos do álcool sejam obrigatórias nos rótulos dos produtos(Stockbyte/Thinkstock)
Um projeto de lei apresentado na Câmara dos Deputados obriga os fabricantes de bebidas alcoólicas a incluírem, além das mensagens, imagens de advertências nos rótulos dos produtos, assim como é feito atualmente nas embalagens de cigarro. Segundo o texto, as fotos devem ser impactantes e “realistas ilustrativas sobre os males do álcool nos rótulos de bebida”. A proposta foi submetida à análise de uma comissão especial — que é temporária e formada por três comissões diferentes — e, se aprovada, seguirá para o Senado.
O Projeto de Lei 3581/12 foi apresentado pelo deputado César Halum, do Partido Social Democrático de Tocantins (PSD-TO). Embora já exista uma lei que estipule que os rótulos de bebidas com teor alcoólico contenham uma mensagem indicando os riscos do consumo excessivo desses produtos, “não há registro de que o consumo de bebidas alcoólicas tenha diminuído, ou pelo menos estacionado, devido à leitura da mensagem”, segundo a proposta.
Para Halum, o consumidor que lê a advertência não consegue visualizar as reais consequências da bebida, e a presença de fotos nas embalagens poderia provocar maior impacto.
http://veja.abril.com.br/noticia/saude/projeto-de-lei-preve-inclusao-de-imagens-de-advertencia-em-rotulo-de-bebidas-alcoolicas

Ciência

10/05/2011 - 12:55

Comportamento

Jovens que consomem bebidas alcoólicas passam mais tempo no computador

Entre as causas mais prováveis da relação, estão as publicidades das bebidas na internet e a interação com colegas em redes sociais

Internet: jovens que consomem bebidas alcoólicas gastam mais tempo em redes sociais e fazendo download de músicas(Thinkstock)
Adolescentes que consomem bebidas alcoólicas tendem a passar mais tempo na frente do computador. Esse jovens acessam mais às redes sociais e fazem mais downloads de música, em relação àqueles que não bebem, aponta pesquisa publicada no periódico Addictive Behaviors.

O levantamento da equipe de Cornell avaliou dados de 264 adolescentes entre 13 e 17 anos, que moravam nos Estados Unidos. Os resultados mostraram que os jovens que beberam no período avaliado acabaram usando o computador mais horas durante a semana – o período com trabalhos escolares não entrou na contagem do tempo gasto. O consumo de álcool se mostrou relacionado ainda com uso mais frequente de redes sociais e de downloads de músicas.

Os motivos pelos quais o consumo de álcool e o maior uso de computadores estão relacionados não foi esclarecido. Algumas hipóteses defendem que esses jovens estão vivendo a fase de experimentação tanto com a bebida, como com a internet. Outras, no entanto, afirmam que a exposição ao material on-line, como as publicidades de bebidas, e a interação com colegas em redes sociais (que também bebem) poderiam estar estimulando os adolescentes a consumirem mais álcool.

Filtros – “Segundo uma pesquisa conduzida pelo Pew International e pelo American Life Project, mais da metade dos pais de adolescentes têm filtros instalados nos computadores de casa”, diz Jennifer Epstein, da Universidade de Cornell e integrante da equipe de pesquisadores. Para Jennifer, essa é uma maneira segura de os pais conseguirem se envolver e monitorar como os filhos usam o computador.


Bebida alcoólica

Estudo reforça a ideia de que benefícios da bebida alcoólica, embora existam, não são para todos

Levantamento com mais de 40 pesquisas concluiu que o álcool deve ser consumido moderadamente e só por pessoas livres de certos problemas de saúde

Bebida alcoólica: embora, em pequenas doses, seja benéfica a problemas como a cardiopatia isquêmica, pode prejudicar outros problemas de saúde (Stockbyte)
Embora diversas pesquisas feitas no mundo todo tenham relacionado a ingestão moderada de álcool com benefícios à saúde, esses efeitos positivos não valem para todas as pessoas. Um novo estudo feito no Centro de Dependência e Saúde Mental (CHAM, na sigla em inglês), do Canadá, analisou dados de mais de 40 pesquisas sobre o assunto e reforçou a ideia de que as bebidas alcoólicas, dependendo do indivíduo, podem fazer mal, mesmo se consumidas em pequenas quantidades. O estudo foi divulgado recentemente no periódico Addiction.

ÁLCOOL E SAÚDE

A relação entre consumo de álcool e doenças cardiovasculares em seres humanos pode ser representada por uma 'curva em J', segundo análise estatística: quem bebe pequenas quantidades de álcool por dia (duas doses para homens e uma para mulheres) costuma ter riscos menores de ter um infarto do coração ou um derrame cerebral do que abstêmios; mas quem bebe muito aumenta as chances de ter esses problemas. O "J" significa essa curva em uma representação gráfica. A perna menor da letra representa o risco dos abstêmios. Sua queda na curva da letra representa o risco dos bebedores moderados, e sua ascensão acentuada na perna grande da letra, o risco dos que bebem muito.
Os autores do estudo levantaram dados de outras 44 pesquisas que calcularam a relação entre riscos à saúde do coração e consumo de álcool. Ao todo, esses levantamentos reuniram dados de 957.684 participantes e registraram 38.627 casos ou mortes por cardiopatia isquêmica.
Os pesquisadores observaram que, embora em todas as pesquisas o consumo moderado de álcool tenha protegido alguns indivíduos de cardiopatia isquêmica, nem todas as pessoas mostraram resultados positivos. Os efeitos da bebida tiveram grande variação nos estudos, principalmente naqueles que associaram proteção ao coração com ingestão de uma ou duas doses diárias de bebida alcoólica. Gênero, padrões de consumo e efeitos na saúde foram alguns dos pontos que divergiram nas análises.
Para os autores do estudo, a relação entre consumo de álcool e proteção ao coração não deve ser estabelecida de maneira isolada, ou seja, sem considerar outros aspectos da saúde do indivíduo. Isso porque, enquanto a bebida se mostrou positiva para prevenir a cardiopatia isquêmica, ela também pode ser prejudicial a outras, mesmo em pequenas quantidades, segundo a pesquisa.
Curva em J- Além disso, o levantamento canadense observou, em todos os 44 estudos, que o consumo de álcool obedece muitas vezes à chamada “curva em J”. Ou seja, em relação à cardiopatia isquêmica, beber moderadamente pode melhorar a saúde em comparação aos abstêmios, mas a ingestão exagerada de álcool, além de não surtir efeitos positivos ao organismo, é extremamente prejudicial.
Os autores do estudo concluíram que, antes de um indivíduo consumir bebida alcoólica para beneficiar sua saúde, ele deve consultar um médico que considere suas características e fatores de risco, como predisposição familiar para certas doenças. "Mais evidências sobre a relação entre benefícios à saúde e álcool são necessárias para que o público em geral e os médicos conheçam as quantidades seguras da bebida", afirma o estudo.

Não é para você

Apesar de a bebida alcoólica, com moderação, proporcionar benefícios para a saúde, ela não é indicada para todos. Existem pessoas que não devem ingerir quantidade alguma de álcool, já que os prejuízos são muito maiores do que as vantagens. Sinal vermelho para quem tem os seguintes problemas:
Doença hepática alcoólica: é a inflamação no fígado causada pelo uso crônico do álcool. Principal metabolizador do álcool no organismo, o fígado é lesionado com a ingestão de bebidas alcoólicas.

Cirrose hepática:
 o álcool destrói as células do fígado e é o responsável por causar cirrose, quadro de destruição avançada do órgão. Pessoas com esse problema já têm o fígado prejudicado e a ingestão só induziria a piora dele.
Triglicérides aumentado: o triglicérides é uma gordura tão prejudicial quanto o colesterol, já que forma placas que entopem as artérias, podendo causar infarto e derrame cerebral. O álcool aumenta essa taxa. Portanto, quem já tiver a condição deve manter-se longe das bebidas alcoólicas.

Pancreatite: a doença é um processo inflamatório do pâncreas, que é o órgão responsável por produzir insulina e também enzimas necessárias para a digestão. O consumo exagerado de álcool é uma das causas dessa doença, e sua ingestão pode provocar muita dor, danificar o processo de digestão e os níveis de insulina, principal problema do diabetes.
Úlcera: é uma ferida no estômago. Portanto, qualquer irritante gástrico, como o álcool, irá piorar o problema e aumentar a dor.
Insuficiência cardíaca: por ser tóxico, o álcool piora a atividade do músculo cardíaco. Quem já sofre desse problema deve evitar bebidas alcoólicas para que a atividade de circulação do sangue não piore.
Arritmia cardíaca: de modo geral, ele afeta o ritmo dos batimentos cardíacos. A bebida alcoólica induz e piora a arritmia.                 

Redobre a atenção

Há também aqueles que devem ter muito cuidado ao beber, mesmo que pouco.Tudo depende do grau da doença, do tipo de remédio e do organismo de cada um.
Problemas psiquiátricos: o álcool muda o comportamento das pessoas e pode alterar o efeito da medicação. É arriscada, portanto, a ingestão de bebida alcoólica por aqueles que já têm esse tipo de problema.

Gastrite: é uma fase anterior à úlcera e quem sofre desse problema deve tomar cuidado com a quantidade de bebida alcoólica ingerida. Como pode ser curada e controlada, é permitido o consumo álcool moderado, mas sempre com autorização de um médico.

Diabetes: 
Todos os diabéticos devem ficar atentos ao consumo de álcool. A quantidade permitida dessa ingestão depende do grau do problema, dos remédios e do organismo da pessoa. Recomenda-se, se for beber, optar por fazê-lo antes ou durante as refeições para evitar a hipoglicemia.
http://veja.abril.com.br/noticia/saude/estudo-reforca-a-ideia-de-que-beneficios-da-bebida-alcoolica-embora-existam-nao-sao-para-todos
A respeito da propaganda de bebidas alcoólicas
Elaborado em 11/2002.

 Propagandas de bebidas alcoólicas, principalmente as de cerveja, seguem uma receita clássica: festas agitadas, pessoas (geralmente jovens) divertindo-se e muita cerveja.
            Vende-se a imagem de que apenas com a soma destes elementos seria assegurado o resultado almejado em uma festa, ou seja, a garantia de diversão. É como se, onde houvesse festas e pessoas, fosse obrigatória a presença das bebidas alcoólicas.
            Em uma reunião técnica promovida pela OMS (Organização Mundial de Saúde) em Valência, Espanha, de 7 a 9 de Maio último, que dedicou-se a analisar a situação do marketing e promoção de bebidas alcoólicas aos jovens, estiveram reunidas 50 pessoas de 22 países, entre especialistas em marketing, saúde pública e comunitária, jovens dedicados à prevenção de abuso de substâncias e outros.
            Técnicos presentes nesse encontro produziram e apresentaram à imprensa em Valência uma declaração que fornece recomendações à OMS sobre a situação global da propaganda de álcool e ações a serem tomadas. Segundo esse documento, jovens no mundo todovivem em ambientes que caracterizam-se por esforços agressivos e intensos para encorajar não só que eles iniciem o beber, mas também que bebam pesadamente. A propaganda de álcool vinculante no Brasil confirma plenamente a afirmação acima citada, evidente no uso praticamente exclusivo de modelos jovens para vender seus produtos ou ainda no desenvolvimento de novos produtos alcoólicos voltados especificamente ao público jovem, etc.
            Ainda segundo esse mesmo documento, exemplos do mundo inteiro mostraram que, cada vez mais, a indústria do álcool utiliza-se da associação de seus produtos com eventos esportivos, musicais e culturais, entre outros, para apresentar as bebidas alcoólicas como uma parte normal e integral das vidas e da cultura dos jovens. E o fato é que as pesquisas apontam que os jovens tendem a responder a esse marketing agressivo em um nível emocional, mudando suas crenças e expectativas em relação ao beber. A exposição e a apreciação que os jovens desenvolvem pelas propagandas do álcool predizem um beber mais freqüente e pesado por eles. O marketing contribui para os jovens superestimarem a prevalência do beber pesado e freqüente por seus pares e cria um clima que aumenta ainda mais o consumo de álcool pelos jovens.
            Dos modelos de propaganda apresentados nessa conferência, os exemplos brasileiros chamaram a atenção, principalmente por dois pontos. Um deles é a agressiva utilização da sexualidade nas propagandas, especialmente no caso da cerveja. O código do CONAR (Conselho de auto-regulamentação publicitária), instituição representante do setor publicitário, e que determina regras para a propaganda de todos os produtos, deixa claro que a propaganda de álcool não deve ser associada à sexualidade. Logo, a indústria de propaganda de álcool está desrespeitando seu próprio código.
Porém, mais preocupante que o uso agressivo de sexualidade é a utilização do Brasil e de símbolos nacionais para promover a venda de álcool. Como não poderia deixar de ser, o exemplo mais evidente dessa técnica vem da indústria de cerveja, que é responsável por 85% das bebidas alcoólicas consumidas no Brasil. Tome-se por exemplo a tartaruga, apresentada por uma das marcas de cerveja como "torcedora símbolo da nação brasileira", o que é, no mínimo, um insulto à população brasileira.
            Será que, baseando-se no art. 67 do nosso Código de Proteção e Defesa do Consumidor, que classifica como infração penal fazer ou promover publicidade que sabe ou deveria saber ser enganosa ou abusiva não caberia uma apenação às indústrias de bebidas alcoólicas?
            A maior parte de nossos juristas acha que não; estes não classificam as propagandas de bebidas alcoólicas como sendo enganosas ou abusivas, consideram-nas "apenas" indutivas.
            Ora, sendo estas indutivas, cabe a tais casos a aplicação do art. 37 deste mesmo Código de Proteção e Defesa do Consumidor, que diz que é proibida toda publicidade enganosa ou abusiva, e salienta, no § 2º, que é abusiva, dentre outras, a publicidade discriminatória de qualquer natureza, a que incite à violência, explore o medo ou a superstição, se aproveite da deficiência de julgamento e experiência da criança, desrespeita valores ambientais, ou que seja capaz de induzir o consumidor a se comportar de forma prejudicial ou perigosa à sua saúde ou segurança. É do conhecimento de todos os danos causados pelo consumo de bebidas alcoólicas.
            Segundo dados, 18 em cada 100 brasileiros adultos são dependentes de álcool, o hábito de beber entre crianças e adolescentes é cada vez maior, 75% dos acidentes fatais de trânsito são associados ao uso excessivo de álcool (em torno de 29 mil mortes por ano) e cerca de 40% das ocorrências policiais relacionam-se ao abuso de álcool.
            Se não bastassem estes alarmantes números, o que dizer da agressão à saúde do indivíduo, acarretando problemas neurológicos (como demência alcoólica, derrame cerebral, traumas cranioencefálicos, distúrbios neuropsiquiátricos, abstinência alçoólica com mortalidade de até 30% e coma hepático); pancreatite, cirrose, gastrite, úlcera péptica, hipertensão arterial, arritmias cardíacas, miocardiopatia alcoólica, infarto do miocárdio, desnutrição, infecções como meningites, pneumonias, abscessos pulmonares, peritonites; e câncer do trato respiratório e gastrointestinal, patologias essas que fazem parte do dia a dia dos médicos que trabalham em Pronto Socorro, e que acarretam um aumento da mortalidade geral de quatro vezes, e um gasto extraordinário em internações decorrentes do uso abusivo de álcool, segundo o Ministério da Saúde R$ 310 milhões nos últimos três anos.
            A indústria do álcool e da propaganda desempenha um papel irresponsável no Brasil, pois, ao associar as bebidas alcoólicas exlusivamente a momentos gloriosos, à sexualidade e a ser brasileiro, cria um clima normatizador. Devem ser tomadas providências para lidar com esse grave problema de saúde pública.

http://www.bonstutoriais.com.br/31-propagandas-criativas-de-bebidas-alcoolicas/
Saúde
02/07/2010 - 20:05
iÁlcool
Adolescentes começam a beber cada vez mais cedo
No Brasil, 80% dos adolescentes já beberam alguma vez na vida e 22% dos jovens estão sob risco de desenvolver dependência de álcool. O que os pais podem fazer?
Natalia Cuminale
Júlio deu o primeiro gole em uma bebida alcoólica aos 12 anos. O pai deixou que ele experimentasse um pouco do vinho durante um jantar. Aos 14, ele já conhecia os efeitos de um porre. E, aos 16, o estudante acumulava histórias e vexames por conta do excesso de bebida. Desde uma briga com a namorada – ele foi colocado para fora da festa por um segurança - até um striptease no balcão de um bar. Mas, para os pais, o garoto é um santo. “Na frente deles, em festas de família, eu só bebo moderadamente. Na vida real, para ser descolado, todo mundo tem que beber”, diz.  

Cerveja, vodca, vinho e uísque. Proibidas para menores de 18 anos, as bebidas alcoólicas estão cada vez mais presentes na rotina dos adolescentes. Sem limites e sem conhecimento dos pais, jovens em idade escolar têm acesso livre aos drinques carregados de álcool em festas de formatura, baladas ou bares. “Os jovens não enxergam a bebida como algo ruim por causa da legalidade da bebida e do fácil acesso. O que eles não sabem é que o álcool pode causar vários danos à saúde e também é uma porta de entrada para outras drogas”, explica Ilana Pinsky, vice-presidente da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas (Abead).

Apesar da legislação, a dificuldade para comprar uma bebida é quase inexistente. Ao contrário, a compra é facilitada. Adolescentes frequentam festas conhecidas como open-bar, em que alguns tipos de bebidas são distribuídas livremente para quem pagou o valor da entrada. Organizadas por empresas especializadas em eventos, essas festas são um paraíso para os teens. “Em geral, eles não pedem o meu documento. Quando alguém pede meu RG, mostro o documento falsificado”, conta Roberta, 16 anos, primeiro trago aos 14. Ela gasta R$ 50 de sua mesada quando vai a uma balada open-bar, com direito a beber água, refrigerante, cerveja, catuaba, vodca e jurupinga (uma espécie de combinação de vinhos) à vontade.

Os dados sobre o tema são preocupantes. Segundo pesquisa divulgada pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), 80% dos adolescentes já beberam alguma vez na vida e 33% dos alunos do
 ensino médio consumiram álcool excessivamente no mês anterior à pesquisa. Outro estudo, realizado pela Secretaria Nacional Antidrogas (Senad) com universitários, mostrou que 22% dos jovens estão sob risco de desenvolver dependência de álcool. Mais um indício: de acordo com o departamento de comunicação dos Alcoólicos Anônimos, o número de jovens em busca das reuniões aumentou significativamente nos últimos cinco anos. “Era um cenário esperado. Os jovens consomem muito álcool e há uma preocupação, do ponto de vista médico, porque isso ocorre cada vez mais cedo”, diz o médico Arthur Guerra de Andrade, do Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo) e autor do estudo do Senad.

Beber demais não é uma característica apenas do jovem brasileiro. Nos Estados Unidos, uma pesquisa feita com adolescentes com idades entre 14 e 17 anos revelou que 39% declararam ter consumido álcool no mês que antecedeu o estudo - número 11% maior do que encontrado no levantamento anterior, realizado em 2008. Outro levantamento realizado no Reino Unido mostrou que 29% dos jovens com 16 e 17 anos afirmaram ter bebido alguma vez na vida porque estavam entediados. 

Companhia paterna
 - Quase metade dos adolescentes experimentou álcool pela primeira vez porque os pais ofereceram. “Promover festas de 15 anos com álcool é algo extremamente equivocado. Jovens menores de 18 anos não devem – e não podem tomar. Ao fazer isso, você dá uma noção de que beber com essa idade é normal e aceitável”, diz Pinsky. “Quanto mais precoce o uso do álcool, maior o risco de dependência. O consumo de qualquer droga altera funcionamento cerebral. Essa alteração predispõe a outros distúrbios comportamentais”, explica a psiquiatra Analice Gigliotti, chefe do setor de dependência química da Santa Casa do Rio de Janeiro.
 
No cérebro, o álcool age principalmente no hipocampo, pequena estrutura localizada nos lobos temporais, principal sede da memória, segundo explica Célia Roesler, neurologista da Academia Brasileira de Neurologia. “Quando um adolescente bebe muito, acaba causando danos nesse hipocampo. Assim, a memória fica ruim e prejudica o aprendizado e a motivação”, diz Roesler.


A justificativa geral dos adolescentes para o consumo da bebida durante as saídas é a coragem. “O álcool bloqueia a inibição. Coisas que uma pessoa não faria sóbria, ela faz alcoolizada. E isso é um grande risco”, completa Roesler.
 

Os médicos são unânimes em afirmar que o corpo de um adolescente não está preparado para ingestão de bebidas alcoólicas e que não existem doses seguras para o consumo. “Em primeiro lugar, beber em excesso não faz bem para ninguém. Pior para os adolescentes, que estão passando pelo período de crescimento, em que todas as células do corpo estão se desenvolvendo. O álcool envenena todas essas células e pode acarretar danos a todos os órgãos em formação”, diz Mauricio Castro de Souza Lima, hebiatra (médico especialista em adolescência) do Instituto da Criança.

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Álcool
Propaganda estimula jovens a beber, diz estudo
Cenas atraentes, com mulheres bonitas e paisagens naturais, levam os adolescentes a consumir bebidas alcoólicas

Ambientados em cenários alegres e com mulheres bonitas, os comerciais de bebidas alcoólicas acabam estimulando os jovens a beberem (Thinkstock)
Praias e festas com gente bonita e alegre bebendo são comuns em anúncios publicitários de cervejas. Essas cenas atraem os adolescentes e estão diretamente associadas ao consumo da bebida alcoólica por jovens entre 11 e 16 anos, que não teriam idade para ingerir esse tipo de produto. É o que mostra um estudo da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) que acaba de ser publicado pelo periódico científico Revista de Saúde Pública.
A pesquisa também revelou que os jovens prestam muita atenção aos anúncios. E dizem acreditar que as propagandas retratam “apenas a verdade”. Isso, segundo os pesquisadores, tem relação com o consumo precoce do álcool. “"Os jovens já têm até uma marca preferida de cerveja"”, diz a psiquiatra e autora do estudo, Roberta Faria.
Vice-presidente da Associação Brasileira de Anunciantes (ABA), instituição que representa AmBev e Schincariol, entre outras indústrias, Rafael Sampaio contesta a pesquisa, mas admite que os fabricantes sabem que a publicidade tem influência sobre o consumo de cerveja por adolescentes. “"Sabemos que há um ‘vazamento’ do sinal além do público-alvo do produto"”, diz.
No estudo, 1.115 estudantes de 11 a 16 anos, dos sétimo e oitavo anos do ensino fundamental de três escolas de São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, responderam a um questionário com mais de 100 variáveis ligadas à ingestão de álcool - sendo o método por variáveis uma forma de investigação científica descrita na literatura médica. "A escolha da cidade foi baseada em informações do IBGE que indicam São Bernardo com um perfil socioeconômico parecido com o padrão nacional”", explica Roberta.
Já a amostra (a escolaridade dos alunos) foi determinada por dados do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid), de 2004, que indicam o início do consumo de álcool no Brasil, em média, aos 12,5 anos. “"Não podemos atribuir o consumo de cerveja aos comerciais, mas a pesquisa aponta que eles estão associados ao ato”", diz Ilana Pinsky, psicóloga e vice-presidente da Associação Brasileira dos Estudos do Álcool e outras Drogas (Abead).
Família - Mas não é só a propaganda está ligada à iniciação alcoólica, segundo o estudo. “"Pouco controle dos pais e o consumo de cigarro também aparecem diretamente associados"”, afirma Ilana. O consumo de cerveja foi menor no grupo de jovens que respondeu “dar satisfação aos pais” ao sair sem a companhia de parentes. "O jovem vai imitar o comportamento do adulto, está na fase de experimentação, da curiosidade”", explica Ana Cecília Marques, psiquiatra e membro da Associação Brasileira de Psiquiatria.
(Com Agência Estado)

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Propaganda estimula jovens a beber, diz estudo

Cenas atraentes, com mulheres bonitas e paisagens naturais, levam os adolescentes a consumir bebidas alcoólicas

Ambientados em cenários alegres e com mulheres bonitas, os comerciais de bebidas alcoólicas acabam estimulando os jovens a beberem
Ambientados em cenários alegres e com mulheres bonitas, os comerciais de bebidas alcoólicas acabam estimulando os jovens a beberem (Thinkstock)
Praias e festas com gente bonita e alegre bebendo são comuns em anúncios publicitários de cervejas. Essas cenas atraem os adolescentes e estão diretamente associadas ao consumo da bebida alcoólica por jovens entre 11 e 16 anos, que não teriam idade para ingerir esse tipo de produto. É o que mostra um estudo da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) que acaba de ser publicado pelo periódico científico Revista de Saúde Pública.
A pesquisa também revelou que os jovens prestam muita atenção aos anúncios. E dizem acreditar que as propagandas retratam “apenas a verdade”. Isso, segundo os pesquisadores, tem relação com o consumo precoce do álcool. “"Os jovens já têm até uma marca preferida de cerveja"”, diz a psiquiatra e autora do estudo, Roberta Faria.
Vice-presidente da Associação Brasileira de Anunciantes (ABA), instituição que representa AmBev e Schincariol, entre outras indústrias, Rafael Sampaio contesta a pesquisa, mas admite que os fabricantes sabem que a publicidade tem influência sobre o consumo de cerveja por adolescentes. “"Sabemos que há um ‘vazamento’ do sinal além do público-alvo do produto"”, diz.
No estudo, 1.115 estudantes de 11 a 16 anos, dos sétimo e oitavo anos do ensino fundamental de três escolas de São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, responderam a um questionário com mais de 100 variáveis ligadas à ingestão de álcool - sendo o método por variáveis uma forma de investigação científica descrita na literatura médica. "A escolha da cidade foi baseada em informações do IBGE que indicam São Bernardo com um perfil socioeconômico parecido com o padrão nacional”", explica Roberta.
Já a amostra (a escolaridade dos alunos) foi determinada por dados do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid), de 2004, que indicam o início do consumo de álcool no Brasil, em média, aos 12,5 anos. “"Não podemos atribuir o consumo de cerveja aos comerciais, mas a pesquisa aponta que eles estão associados ao ato”", diz Ilana Pinsky, psicóloga e vice-presidente da Associação Brasileira dos Estudos do Álcool e outras Drogas (Abead).
Família - Mas não é só a propaganda está ligada à iniciação alcoólica, segundo o estudo. “"Pouco controle dos pais e o consumo de cigarro também aparecem diretamente associados"”, afirma Ilana. O consumo de cerveja foi menor no grupo de jovens que respondeu “dar satisfação aos pais” ao sair sem a companhia de parentes. "O jovem vai imitar o comportamento do adulto, está na fase de experimentação, da curiosidade”", explica Ana Cecília Marques, psiquiatra e membro da Associação Brasileira de Psiquiatria.
(Com Agência Estado)

Adolescentes começam a beber cada vez mais cedo

No Brasil, 80% dos adolescentes já beberam alguma vez na vida e 22% dos jovens estão sob risco de desenvolver dependência de álcool. O que os pais podem fazer?

Natalia Cuminale
Júlio deu o primeiro gole em uma bebida alcoólica aos 12 anos. O pai deixou que ele experimentasse um pouco do vinho durante um jantar. Aos 14, ele já conhecia os efeitos de um porre. E, aos 16, o estudante acumulava histórias e vexames por conta do excesso de bebida. Desde uma briga com a namorada – ele foi colocado para fora da festa por um segurança - até um striptease no balcão de um bar. Mas, para os pais, o garoto é um santo. “Na frente deles, em festas de família, eu só bebo moderadamente. Na vida real, para ser descolado, todo mundo tem que beber”, diz. 

Cerveja, vodca, vinho e uísque. Proibidas para menores de 18 anos, as bebidas alcoólicas estão cada vez mais presentes na rotina dos adolescentes. Sem limites e sem conhecimento dos pais, jovens em idade escolar têm acesso livre aos drinques carregados de álcool em festas de formatura, baladas ou bares. “Os jovens não enxergam a bebida como algo ruim por causa da legalidade da bebida e do fácil acesso. O que eles não sabem é que o álcool pode causar vários danos à saúde e também é uma porta de entrada para outras drogas”, explica Ilana Pinsky, vice-presidente da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas (Abead). 




Apesar da legislação, a dificuldade para comprar uma bebida é quase inexistente. Ao contrário, a compra é facilitada. Adolescentes frequentam festas conhecidas como open-bar, em que alguns tipos de bebidas são distribuídas livremente para quem pagou o valor da entrada. Organizadas por empresas especializadas em eventos, essas festas são um paraíso para os teens. “Em geral, eles não pedem o meu documento. Quando alguém pede meu RG, mostro o documento falsificado”, conta Roberta, 16 anos, primeiro trago aos 14. Ela gasta R$ 50 de sua mesada quando vai a uma balada open-bar, com direito a beber água, refrigerante, cerveja, catuaba, vodca e jurupinga (uma espécie de combinação de vinhos) à vontade.

Os dados sobre o tema são preocupantes. Segundo pesquisa divulgada pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), 80% dos adolescentes já beberam alguma vez na vida e 33% dos alunos do ensino médio consumiram álcool excessivamente no mês anterior à pesquisa. Outro estudo, realizado pela Secretaria Nacional Antidrogas (Senad) com universitários, mostrou que 22% dos jovens estão sob risco de desenvolver dependência de álcool. Mais um indício: de acordo com o departamento de comunicação dos Alcoólicos Anônimos, o número de jovens em busca das reuniões aumentou significativamente nos últimos cinco anos. “Era um cenário esperado. Os jovens consomem muito álcool e há uma preocupação, do ponto de vista médico, porque isso ocorre cada vez mais cedo”, diz o médico Arthur Guerra de Andrade, do Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo) e autor do estudo do Senad.

Beber demais não é uma característica apenas do jovem brasileiro. Nos Estados Unidos, uma pesquisa feita com adolescentes com idades entre 14 e 17 anos revelou que 39% declararam ter consumido álcool no mês que antecedeu o estudo - número 11% maior do que encontrado no levantamento anterior, realizado em 2008. Outro levantamento realizado no Reino Unido mostrou que 29% dos jovens com 16 e 17 anos afirmaram ter bebido alguma vez na vida porque estavam entediados. 



Companhia paterna - Quase metade dos adolescentes experimentou álcool pela primeira vez porque os pais ofereceram. “Promover festas de 15 anos com álcool é algo extremamente equivocado. Jovens menores de 18 anos não devem – e não podem tomar. Ao fazer isso, você dá uma noção de que beber com essa idade é normal e aceitável”, diz Pinsky. “Quanto mais precoce o uso do álcool, maior o risco de dependência. O consumo de qualquer droga altera funcionamento cerebral. Essa alteração predispõe a outros distúrbios comportamentais”, explica a psiquiatra Analice Gigliotti, chefe do setor de dependência química da Santa Casa do Rio de Janeiro.

No cérebro, o álcool age principalmente no hipocampo, pequena estrutura localizada nos lobos temporais, principal sede da memória, segundo explica Célia Roesler, neurologista da Academia Brasileira de Neurologia. “Quando um adolescente bebe muito, acaba causando danos nesse hipocampo. Assim, a memória fica ruim e prejudica o aprendizado e a motivação”, diz Roesler.

A justificativa geral dos adolescentes para o consumo da bebida durante as saídas é a coragem. “O álcool bloqueia a inibição. Coisas que uma pessoa não faria sóbria, ela faz alcoolizada. E isso é um grande risco”, completa Roesler.

Os médicos são unânimes em afirmar que o corpo de um adolescente não está preparado para ingestão de bebidas alcoólicas e que não existem doses seguras para o consumo. “Em primeiro lugar, beber em excesso não faz bem para ninguém. Pior para os adolescentes, que estão passando pelo período de crescimento, em que todas as células do corpo estão se desenvolvendo. O álcool envenena todas essas células e pode acarretar danos a todos os órgãos em formação”, diz Mauricio Castro de Souza Lima, hebiatra (médico especialista em adolescência) do Instituto da Criança.


Apesar da legislação, a dificuldade para comprar uma bebida é quase inexistente. Ao contrário, a compra é facilitada. Adolescentes frequentam festas conhecidas como open-bar, em que alguns tipos de bebidas são distribuídas livremente para quem pagou o valor da entrada. Organizadas por empresas especializadas em eventos, essas festas são um paraíso para os teens. “Em geral, eles não pedem o meu documento. Quando alguém pede meu RG, mostro o documento falsificado”, conta Roberta, 16 anos, primeiro trago aos 14. Ela gasta R$ 50 de sua mesada quando vai a uma balada open-bar, com direito a beber água, refrigerante, cerveja, catuaba, vodca e jurupinga (uma espécie de combinação de vinhos) à vontade.

Os dados sobre o tema são preocupantes. Segundo pesquisa divulgada pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), 80% dos adolescentes já beberam alguma vez na vida e 33% dos alunos do ensino médio consumiram álcool excessivamente no mês anterior à pesquisa. Outro estudo, realizado pela Secretaria Nacional Antidrogas (Senad) com universitários, mostrou que 22% dos jovens estão sob risco de desenvolver dependência de álcool. Mais um indício: de acordo com o departamento de comunicação dos Alcoólicos Anônimos, o número de jovens em busca das reuniões aumentou significativamente nos últimos cinco anos. “Era um cenário esperado. Os jovens consomem muito álcool e há uma preocupação, do ponto de vista médico, porque isso ocorre cada vez mais cedo”, diz o médico Arthur Guerra de Andrade, do Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo) e autor do estudo do Senad.

Beber demais não é uma característica apenas do jovem brasileiro. Nos Estados Unidos, uma pesquisa feita com adolescentes com idades entre 14 e 17 anos revelou que 39% declararam ter consumido álcool no mês que antecedeu o estudo - número 11% maior do que encontrado no levantamento anterior, realizado em 2008. Outro levantamento realizado no Reino Unido mostrou que 29% dos jovens com 16 e 17 anos afirmaram ter bebido alguma vez na vida porque estavam entediados. 


Apesar da legislação, a dificuldade para comprar uma bebida é quase inexistente. Ao contrário, a compra é facilitada. Adolescentes frequentam festas conhecidas como open-bar, em que alguns tipos de bebidas são distribuídas livremente para quem pagou o valor da entrada. Organizadas por empresas especializadas em eventos, essas festas são um paraíso para os teens. “Em geral, eles não pedem o meu documento. Quando alguém pede meu RG, mostro o documento falsificado”, conta Roberta, 16 anos, primeiro trago aos 14. Ela gasta R$ 50 de sua mesada quando vai a uma balada open-bar, com direito a beber água, refrigerante, cerveja, catuaba, vodca e jurupinga (uma espécie de combinação de vinhos) à vontade.

Os dados sobre o tema são preocupantes. Segundo pesquisa divulgada pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), 80% dos adolescentes já beberam alguma vez na vida e 33% dos alunos do ensino médio consumiram álcool excessivamente no mês anterior à pesquisa. Outro estudo, realizado pela Secretaria Nacional Antidrogas (Senad) com universitários, mostrou que 22% dos jovens estão sob risco de desenvolver dependência de álcool. Mais um indício: de acordo com o departamento de comunicação dos Alcoólicos Anônimos, o número de jovens em busca das reuniões aumentou significativamente nos últimos cinco anos. “Era um cenário esperado. Os jovens consomem muito álcool e há uma preocupação, do ponto de vista médico, porque isso ocorre cada vez mais cedo”, diz o médico Arthur Guerra de Andrade, do Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo) e autor do estudo do Senad.

Beber demais não é uma característica apenas do jovem brasileiro. Nos Estados Unidos, uma pesquisa feita com adolescentes com idades entre 14 e 17 anos revelou que 39% declararam ter consumido álcool no mês que antecedeu o estudo - número 11% maior do que encontrado no levantamento anterior, realizado em 2008. Outro levantamento realizado no Reino Unido mostrou que 29% dos jovens com 16 e 17 anos afirmaram ter bebido alguma vez na vida porque estavam entediados. 

Apesar da legislação, a dificuldade para comprar uma bebida é quase inexistente. Ao contrário, a compra é facilitada. Adolescentes frequentam festas conhecidas como open-bar, em que alguns tipos de bebidas são distribuídas livremente para quem pagou o valor da entrada. Organizadas por empresas especializadas em eventos, essas festas são um paraíso para os teens. “Em geral, eles não pedem o meu documento. Quando alguém pede meu RG, mostro o documento falsificado”, conta Roberta, 16 anos, primeiro trago aos 14. Ela gasta R$ 50 de sua mesada quando vai a uma balada open-bar, com direito a beber água, refrigerante, cerveja, catuaba, vodca e jurupinga (uma espécie de combinação de vinhos) à vontade.

Os dados sobre o tema são preocupantes. Segundo pesquisa divulgada pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), 80% dos adolescentes já beberam alguma vez na vida e 33% dos alunos do ensino médio consumiram álcool excessivamente no mês anterior à pesquisa. Outro estudo, realizado pela Secretaria Nacional Antidrogas (Senad) com universitários, mostrou que 22% dos jovens estão sob risco de desenvolver dependência de álcool. Mais um indício: de acordo com o departamento de comunicação dos Alcoólicos Anônimos, o número de jovens em busca das reuniões aumentou significativamente nos últimos cinco anos. “Era um cenário esperado. Os jovens consomem muito álcool e há uma preocupação, do ponto de vista médico, porque isso ocorre cada vez mais cedo”, diz o médico Arthur Guerra de Andrade, do Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo) e autor do estudo do Senad.

Beber demais não é uma característica apenas do jovem brasileiro. Nos Estados Unidos, uma pesquisa feita com adolescentes com idades entre 14 e 17 anos revelou que 39% declararam ter consumido álcool no mês que antecedeu o estudo - número 11% maior do que encontrado no levantamento anterior, realizado em 2008. Outro levantamento realizado no Reino Unido mostrou que 29% dos jovens com 16 e 17 anos afirmaram ter bebido alguma vez na vida porque estavam entediados. 

Apesar da legislação, a dificuldade para comprar uma bebida é quase inexistente. Ao contrário, a compra é facilitada. Adolescentes frequentam festas conhecidas como open-bar, em que alguns tipos de bebidas são distribuídas livremente para quem pagou o valor da entrada. Organizadas por empresas especializadas em eventos, essas festas são um paraíso para os teens. “Em geral, eles não pedem o meu documento. Quando alguém pede meu RG, mostro o documento falsificado”, conta Roberta, 16 anos, primeiro trago aos 14. Ela gasta R$ 50 de sua mesada quando vai a uma balada open-bar, com direito a beber água, refrigerante, cerveja, catuaba, vodca e jurupinga (uma espécie de combinação de vinhos) à vontade.

Os dados sobre o tema são preocupantes. Segundo pesquisa divulgada pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), 80% dos adolescentes já beberam alguma vez na vida e 33% dos alunos do ensino médio consumiram álcool excessivamente no mês anterior à pesquisa. Outro estudo, realizado pela Secretaria Nacional Antidrogas (Senad) com universitários, mostrou que 22% dos jovens estão sob risco de desenvolver dependência de álcool. Mais um indício: de acordo com o departamento de comunicação dos Alcoólicos Anônimos, o número de jovens em busca das reuniões aumentou significativamente nos últimos cinco anos. “Era um cenário esperado. Os jovens consomem muito álcool e há uma preocupação, do ponto de vista médico, porque isso ocorre cada vez mais cedo”, diz o médico Arthur Guerra de Andrade, do Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo) e autor do estudo do Senad.

Beber demais não é uma característica apenas do jovem brasileiro. Nos Estados Unidos, uma pesquisa feita com adolescentes com idades entre 14 e 17 anos revelou que 39% declararam ter consumido álcool no mês que antecedeu o estudo - número 11% maior do que encontrado no levantamento anterior, realizado em 2008. Outro levantamento realizado no Reino Unido mostrou que 29% dos jovens com 16 e 17 anos afirmaram ter bebido alguma vez na vida porque estavam entediados. 

Companhia paterna - Quase metade dos adolescentes experimentou álcool pela primeira vez porque os pais ofereceram. “Promover festas de 15 anos com álcool é algo extremamente equivocado. Jovens menores de 18 anos não devem – e não podem tomar. Ao fazer isso, você dá uma noção de que beber com essa idade é normal e aceitável”, diz Pinsky. “Quanto mais precoce o uso do álcool, maior o risco de dependência. O consumo de qualquer droga altera funcionamento cerebral. Essa alteração predispõe a outros distúrbios comportamentais”, explica a psiquiatra Analice Gigliotti, chefe do setor de dependência química da Santa Casa do Rio de Janeiro.

No cérebro, o álcool age principalmente no hipocampo, pequena estrutura localizada nos lobos temporais, principal sede da memória, segundo explica Célia Roesler, neurologista da Academia Brasileira de Neurologia. “Quando um adolescente bebe muito, acaba causando danos nesse hipocampo. Assim, a memória fica ruim e prejudica o aprendizado e a motivação”, diz Roesler.

A justificativa geral dos adolescentes para o consumo da bebida durante as saídas é a coragem. “O álcool bloqueia a inibição. Coisas que uma pessoa não faria sóbria, ela faz alcoolizada. E isso é um grande risco”, completa Roesler.

Os médicos são unânimes em afirmar que o corpo de um adolescente não está preparado para ingestão de bebidas alcoólicas e que não existem doses seguras para o consumo. “Em primeiro lugar, beber em excesso não faz bem para ninguém. Pior para os adolescentes, que estão passando pelo período de crescimento, em que todas as células do corpo estão se desenvolvendo. O álcool envenena todas essas células e pode acarretar danos a todos os órgãos em formação”, diz Mauricio Castro de Souza Lima, hebiatra (médico especialista em adolescência) do Instituto da Criança.