(Luiz Guilherme de Carvalho)
“Quando chovia, ficava muito difícil de sair da canhada.” “A casa velha era diferente, tinha cumeeira alta e era coberta de tabuinhas. Quando meu avô construiu ela não usava cobertura de telha, se fazia de madeira. Também não era costume fazer alicerce. A casa era sentada em cima de quatro cepos, onde os barrotes se encaixavam. Ficava um vazio embaixo, que as galinhas e os porcos usavam pra se esconder da chuva.” “No nosso quarto, tinha buracos no assoalho, dava pra ver o chão. Era dos nós de pinho, que com o tempo se soltavam e caiam.” (Charles Kiefer.p 17) “Ao redor da casa, na linha dos cantos, tinha um valetão, pra não deixar a enxurrada passar por baixo do assoalho”.(Charles Kiefer.p 18) “Em casa, no começo, se plantava milho, arroz do seco, mandioca, batata-doce, feijão e cana-de-açúcar. Dia que eu mais gostava era dia de fazer melado. Eu levantava com o sol ainda dormindo, botava a junta de bois na canga, enganchava ela na corrente dependurada na roda da moenda e tocava a espremer as canas no moinho.”(Charles Kiefer.p 31).
Os pequenos agricultores ao irem para a cidade fazer suas coisas ouviam comentários de que plantar soja fazia com que as pessoas fossem pra frente financeiramente, e com isto ficavam entusiasmados a cultivar a soja. Além disso, havia muitos incentivos dos bancos que emprestavam dinheiro para os novos cultivadores.
Alguns agricultores tiveram sorte, pois o clima contribuiu suas terras eram mais férteis e tinham um bom conhecimento, por sua vez estes foram os beneficiados pela cultura, que aumentou seu ganho econômico e melhorou sua qualidade de vida fazendo girar a economia ao seu redor. Por outro lado, a implantação dessa cultura requeria uma grande área e assim ocorriam as grandes desmatas, e os produtores que não sabiam muito da preparação do solo e de outros requerimentos para esta cultivar. Por isso, acabavam por se prejudicar financeiramente, além de prejudicar o meio ambiente.
A vida no acampamento era sofrida, trabalhavam como peões. “Em época de colheita, os homens e as mulheres trabalhavam de empreitada pelas fazendas da região. O dinheiro era usado pra comprar comida.” (Charles Kiefer. p 54). Era difícil ate de achar lenha, pois os agricultores não queriam mais arvores por que queriam toda a sua terra para plantar soja. “Eu, o Junqueira e o Tomás andamos vários quilômetros até conseguir uns pedaços de lenha, que ninguém mais quer árvore nenhuma nas propriedades. Cada palmo tem soja plantada.” (Charles Kiefer. p 54). No meu ponto de vista é um livro bem escrito, relatando detalhadamente os acontecimentos no decorrer da história, uma linguagem de fácil compreensão.
Luís,
ResponderExcluirParabéns pela tua escrita. Tens muitas potencialidades. Poderias ter te apresentado mais no parágrafo em que fazes a tua análise.
Prof. mari Aparecida